sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Há muito que não...

...sinto vergonha pelo simples fato de ter decidido amar alguém. Quero dizer; eu jurei para mim mesmo embaixo da chuva fria de fevereiro que enterraria o Diego tolo e romantico, que mesmo que meu coração me diga que um beijo sem paixão é equivalente a encher a cara até vomitar e sexo sem amor é o equivalente a fumar por simples dependencia quimica a nicotina, eu iria aproveitar todas as mediocridades que as pessoas tolas chamam de pequenas alegrias e ver se isto preencheria pelo menos uma parte de minha vida. Afinal amar é apenas um lapso de julgamento quando idiotas iguais a mim pensam que encontraram a coisa mais importante da sua vida, sendo que, na verdade apenas encontraram outra pessoa cretina que nunca precisaram para sobreviver até o momento do estupido encontro com a pessoa amada.


Mas, não demorou muito para eu perceber que eu estou viciado a este mal em mim. Preciso me apaixonar como um viciado em cocaina precisa de sua droga. Mas até aí tudo bem, se eu pudesse controlar meu vicio e deixa-lo apenas existir na forma de paixão...

Hoje percebo que eu estou diante do mesmo dilema, de conhecer os erros e a mediocridade de uma pessoa, mas, ainda assim enchergar nela algo superior e precioso que eu anseio ter para mim. E, pior ainda, saber que eu apenas quero algo que eu nunca vou ter.

Sinto vergonha de amar uma garota que tão claramente me mostra seu desprezo por mim. Finjo que não me importo mas eu sei que você sabe que eu gosto de você e odeio isso.



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